Quimioterapia, os Enjoos e os Cheiros (mesmo depois da quimio)

Lembram-se de ter relatado aqui os efeitos da poderosa Poção Mágica (quimioterapia)? Um deles, o pior de todos, era o enjoo e as náuseas. Pois é! Acontece que a questão dos cheiros não fica 100% recuperada (pelo menos, por enquanto). Existem 2 cheiros que continuam a me incomodar horrores: o cheiro a vanilla/baunilha e o cheiro do detergente que usam no meu prédio para limpar os elevadores e o piso do edifício! Tudo volta quando sinto. Quando entro no elevador, após a limpeza…só de mão no nariz e de olhos fechados contando os segundos para chegar logo no 10º andar! Quimioterapia, enjoos e cheiros Felizmente tudo tem solução e hoje ganhei coragem e falei com o zelador do meu prédio que, claro, deu uma risadinha mas foi super fofo e compreensivo. Disse logo: “Ainda bem que me falou. Não vamos usar mais e vou já pedir para trocarem”. Edinaldo fofo. Precisei de tanta coragem para passar por mais uma situação embaraçosa. Foram tantas! Era isto ou trocar de apartamento!

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13 Comentários to “Quimioterapia, os Enjoos e os Cheiros (mesmo depois da quimio)

  1. 28 de setembro de 2014 às 13:00

    Querida, q bonita vc, sua história e travessias de vida . Os cheiros durante o linfoma foram terríveis de suportar, mas com o TMO eu perdi completamente, daí os sabores tbm. Triste, nas estou viva e saudável. Bj e saúde p nós!!!

    • Deusina Lopes da Cruz
      24 de dezembro de 2014 às 08:15

      Feliz porque um ano depois das quimios me sinto bem mais segura e fortalecida, o catetr continua, mas se harmonizou, a hipersensibilidade a cheiros diminuiu sobrou só o perfume malbene na lista negra rssss. Os linfomas foram embora e estou só cumprindo o protocolo da vigília de 2 e 5 anos.

  2. 21 de julho de 2014 às 13:21

    Meus dias pós linfomas: Porque será que o meu coração está reclamando?

    Porque meu coração bate acelerado, a respiração fica curta, me sinto cansada e a receita é ir ai ao psiquiatra e aumentar o Lexapro? Porque será que o meu coração está reclamando?
    Deusina Lopes da Cruz, junho de 2014
    Início de 2012 – fiquei feliz com a defesa de tese da minha especialização em gestão pública, depois de anos fora da universidade. Esta especialização aumentou a minha segurança no meu trabalho na área social pública da qual gosto muito. Fui a Belo Horizonte acompanhar com orgulho, a defesa de tese de doutorado em literatura brasileira do filhão mais velho. Depois de sua formação em jornalismo e do mestrado em letras pensei, fui uma mãe dedicada e responsável. Neste mesmo ano, ele enfrentou desafios nas suas questões pessoais e sua mente muito sensível, não deu conta. Ele passou uns dias no Hospital Raul Soares (BH-MG). O pai que superou suas dificuldades conosco há anos, foi buscá-lo para morar em Brasília perto da família e reconstruir a sua vida.

    Em junho do mesmo ano, estava segura das minhas escolhas, anos depois da minha separação, tinha finalmente concordado em morar com um novo companheiro, um chileno que morava no Brasil há anos. Sintonia desde o início, superpresente, gentil, dizia que me amava muito, afinou-se logo com o Carlos Felipe, meu filhote autista de 32 anos e, se orgulhava muito deste feito raro. Especialista em computadores, não lhe custou nada gravar, vários CDs do Tim Maia, da Sandra de Sá, CDs com 1.100 jogos de PCs na versão Fliperama,só para o Felipe jogar no próprio PC… rsss como ele pedia. Trocamos alianças em uma das nossas viagens e, nos últimos 4 anos parecia ter sido a nossa melhor escolha. No mês de julho, viajei a serviço, falei com ele as 22 hs e acertei o retorno no aeroporto às 11 hs da manhã seguinte. Nunca mais ouvi sua voz. Senti uma angustia estranha quando parei debaixo da janela do meu apartamento e vi as janelas cerradas, senti que quando entrasse ali ia ver algo diferente que mudaria a minha vida, só não sabia o que era.

    Abri a porta, entrei procurando compreender o que havia se passado ali, encontrei algumas coisa fora do lugar, vi armários sem roupas e conclui que ele havia ido embora, aos poucos fui dando falta de algumas coisas que eu considerava minhas, mas que pelo visto, ele considerava dele, mas logo me certifiquei que eram coisas bobas que compramos nas viagens juntos e que seguramente, não fariam mais sentido. Não encontrei nada escrito que explicasse o ocorrido. Os dias seguintes foram de muitas dúvidas, um misto de sensações, medo e angústia, queria muito saber o que tinha realmente acontecido afinal, se fosse apenas um “ir embora”ele poderia ter me avisado, sempre ficou claro entre nós que quando um não quisesse mais ficar poderia sair tranquilamente. A vida é assim.

    Nesta época, o filhão que morava em BH ainda muito fragilizado, veio morar comigo igualmente fragilizada, optamos por não falar sobre estes assuntos, apenas dar colo um ao outro e ir tocando a vida como dava, trabalhamos muito nesta época. Em agosto de 2013 surpreendentemente, veio o meu diagnóstico de linfoma, com anemia profunda e quase óbito, passei uns dias na UTI e mais outros no hospital, quimioterapia de 20 em 20 dias, vários remédios fortes, o cabelo caiu, fiquei careca, perdi peso, cateter no peito, olhava para mim no espelho e pensava: ainda bem que não tenho nenhum marido… rsss. Diante de tantos desafios, joguei: eu, as minhas histórias e meus sentimentos para debaixo do tapete. Sozinha, agradeci aos filhos, o apoio da família, dos médicos, dos outros profissionais que foram se somando, dos amigos, vizinhos, no trabalho, na internet, dos auxiliares de casa a Maria e o Nelson amigão do Carlo Felipe e de quem mais foi se aproximando, sem medo.

    Neste meio tempo, o filhão ficou assustado com os desafios da sua nova vida e a mente confundiu-se novamente, lá se foram mais dois meses de cuidados na Mansão Vida, aqui em Brasília, desta vez, junto do Carlos Felipe que faz morada por lá, também. O Carlos Felipe, que não gosta de tirar fotos rsss, foi quem tirou nota 10 nesta temporada toda, certa vez ele disse “o japonês vai voltar com fé em Deus e vai gravar os CDs”; depois falou “a Deusina mamãe vai ficar boa porque tem um DNA muito forte” e recentemente falou “o meu irmão pode pegar lanche na lanchonete da Mansão Vida que eu pago” kkkk . Afinal, até então, o doente na família era só ele e nada como ver que os outros são iguais.

    Bem, sobre o sumiço do meu companheiro, agora vejo ele tem bola de cristal e decidiu sumir antes da chegada dos meus linfomas e do jogo do Brasil e Chile nas oitavas de final da Copa do Mundo 2014 ufff… que sufoco, foi uma fuga mesmo, estilo “não quero pagar o preço de contar que quero ir embora porque acho que posso ter uma vida melhor em outro lugar e com outras pessoas”. Infelizmente, tem gente que sabe chegar, mas não sabe sair, adota este padrão porque a dor do outro não lhe diz respeito, mesmo se provocada por ela mesma. Um pobre coitado.
    Mas, como já dizia a minha mãe: Não há bem que sempre dure, nem mal que não acabe.

    A saúde na minha família está se estabilizando, voltando ao trabalho normalmente, o meu médico Dr. Volney vai autoizar tirar este cateter doído do meu peito logo, logo (2 ou 5 anos) mas, o que será esta espera diante da vitória da cura de um câncer? Eu já estou gostando do meu novo cabelinho curto e, enquanto espero, tenho conhecido várias pessoas que estão em momentos legais da vida e me dão atenção, carinho e colo de sobra.

    Dizem que a nossa qualidade de vida depende de quem encontramos na sala de espera, com estas pessoas o meu coração vai acertando o seu ritmo e não precisarei aumentar a dose do lexapro. Acredito nisso como acredito na vida com alegria e amor.

    P.S. a Psiquiatra da família, em consulta disse: “está tudo bem com vocês, não deixem o filhão ficar muito triste… não tirem muitas fotos do Carlos Felipe… rsss e você Deusina, vá viajar…”

    • anacanomeira
      21 de julho de 2014 às 14:19

      Adorei ler sua história e sua força de mulher e de mãe.
      Vá em frente!

    • Gabriela
      20 de maio de 2015 às 17:48

      Que mulher corajosa e poderosa . Tiro o meu chapéu … Abraço

  3. Valkiria
    24 de janeiro de 2014 às 16:55

    Após a seção de quimioterapia, uso Vonau 8mg de 6 em 6h intercalando com Plasil 10mg, porém as náuseas não passam. Já se passaram mais de uma semana e continuo com enjoos. Teriam algumas dicas para seguir?

    • 24 de janeiro de 2014 às 17:04

      Valkiria pergunte para seu medico se pode substituir o vonal pelo nausedron. O primeiro nao fazia efeito nenhum em mim. Bjs e boa sorte. Mastigue gengibre. Ajuda bastante. Poden ser balas

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