Vida e Estilo de Vida

Ao ler, no site de uma colega (e mentora) de Coaching, a Melina Kunifas, um post sobre vida e estilo de vida, pus-me a pensar, a refletir. Sou bastante introspectiva e, desde que tive o câncer, que tento parar para pensar, muito mais vezes do que costumava fazer. Não quero voltar a entrar no modo de vida “automático” em que vou seguindo o fluxo das necessidades alheias e econômicas. Preciso relembrar, constantemente, quem eu sou, o que eu quero e como eu escolho viver.

Mudei minha atividade profissional. Aliás, mantive-a em menos de 10% do meu dia a dia, e passei a fazer algo que eu sempre gostei e já tinha esquecido: pesquisar, escrever e agora, Coaching. Uma decisão arriscada mas poderosa. Afinal, veio com toda a instabilidade de um trabalho como profissional liberal, onde apostamos todas nossas fichas.

Mudei o meu estilo de vida. Passei a praticarIMG_4342 atividade física com regularidade (de 5 a 6 vezes por semana). A minha alimentação passou a ser muito mais equilibrada, mais nutritiva e funcional. De olho realmente na qualidade e não nas calorias. Consumo todos os grupos alimentares, como de 3h em 3h, cortei farinhas brancas e o açúcar branco entra muito raramente (ter amigo com fábrica de sorvete é o meu calcanhar de Aquiles), dando lugar a açucares mais saudáveis (infelizmente não consigo ficar sem os meus docinhos) e, de álcool, tomo uma taça de vinho de vez em quando. Criei um “exército” anti-câncer, anti-inflamações, e passei a apreciar mais a vida no que ela tem de singular. E preciso estar com o meu organismo funcionando a 100% para conseguir valorizar esta sensação.

É muito fácil sermos levados a adotar um estilo de vida que não é o nosso. A ter o carro que custa tanto a pagar, a morar no lugar que não pode manter, a comprar as roupas que não combinam com o salário,…E, quando sentimos um vazio dentro de nós (ou quando as contas apertam demais, para além do vazio), é que nos apercebemos que talvez, não estejamos a levar a vida que queremos e que temos capacidade para suportar.

Sou (somos) bombardeada todos os dias com o que “devemos” consumir e o que devemos fazer, para estarmos totalmente na moda. Para sermos considerados “alguém”. Seja através da televisão, das redes sociais ou dos e-mails marketing que recebemos todos os dias. Relembro, todos os dias, o que é importante para mim, para que não seja levada a seguir um estilo de vida que não é o meu. A valorizar o que tenho e a não querer ser algo que nunca vou ser.

E você, como se defende do supérfluo e segue a vida da pessoa que você quer ser? Qual o seu verdadeiro foco?

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7 Comentários to “Vida e Estilo de Vida

  1. Andréa
    20 de fevereiro de 2015 às 11:33

    Vânia, estou como você e, como disse Servan-Schreiber, tentando “limpar o terreno”. No que toca a cosméticos, desodorantes, tratamentos capilares etc., você também aboliu algo?

    • 20 de fevereiro de 2015 às 13:00

      Oi Andréa, eu estou tentando um equilíbrio. No início cortei tudo mas vi que estava ficando meio paranóica. Estou fazendo o que posso, principalmente no que toca a alimentação.

  2. Joana
    12 de fevereiro de 2015 às 21:06

    Olá acompanho seu site e gosto muito. Também estou procurando ter um estilo de vida mais saudável, faço tratamento para o câncer de mama. O que tem usado para substituir a farinha branca e o açucar? Gosto muito de pão e também já ouvi dizer que o adoçante é menos saudável que o açucar. Beijos,
    Joana

    • 13 de fevereiro de 2015 às 12:11

      Ola Joana, a farinha branca nao entra mais na minha alimentaçao. So em festa de criança, quando tem bolo brigadeiro rsrs. Em casa uso varias outras farinhas: de amêndoa, de coco, de arroz, de linhaça, de chia, de banana verde, etc. E quanto ao açúcar, em casa só tenho de coco (o mais light e saudável do mercado) e demerara. :) É possivel termos uma vida saudável e saborosa. So precisamos aprender

  3. Maria José
    11 de fevereiro de 2015 às 19:17

    Isto mesmo… Engraçado depois que terminei minha quimioterapia a primeira coisa que fiz foi fechar o meu escritório. Eu estava escrava da minha profissão. Minha vida, mudou radicalmente, trabalho, alimentação, vida social…tudo mesmo.. E não quero mais ter a vida que eu tinha.. Hoje dou valor as pequenas coisas e caminho com um projeto de cada vez, porque hoje o mais importante para mim e família, amigos…o material não me mato mais para conseguir, apenas vivo e estou amando a minha vida hoje, mesmo que as vezes passo apertada com as contas mas prefiro ter mais tempo para meus filhos para minha vida social.

  4. Maria Araújo
    11 de fevereiro de 2015 às 14:32

    Muito bom e inteiramente de acordo com ” A valorizar o que tenho e a não querer ser algo que nunca vou ser.”

    Beijinho

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