Madrid é quase como um “quintal de casa” para mim. Até aos meus 16/17 anos ia lá todos os anos e, por vezes, mais do que uma vez por ano. O motivo? Família (e comer boquerones e caramelos, para ser sincera ). A minha avó era de Madrid. Morava  e trabalhava lá, com toda a sua familia, quando começou a trocar correspondência (uma carta rejeitada por uma amiga)  com um português, que morava em Lisboa e era super divertido. Apaixonaram-se e casaram-se em Madrid. Tiveram os 2 primeiros filhos na cidade (José e Ana Maria, a minha mãe) e os outros dois (Carmen e Paula) tiveram em Portugal (nos Açores, onde o meu avô estava trabalhando, na época).

Há mais de 15 anos que não ia à capital espanhola. E a última vez que tinha visto as tias e primas  espanholas foi no meu casamento, em Cascais (Portugal), em 2011.

Já estava na hora de revisitar o “quintal de casa”. E, desta vez com o maridão. As amigas juntaram-se à primeira parte da viagem e os meus pais à segunda. E no meio, o aniversário do meu Rodrigo.

Madrid é uma capital europeia, o que por si só já diz muita coisa. Uma capital cultural, artística, cheia de história, limpa, organizada, funcional, cheia de vida, cheia de parques….linda. Uma cidade feita a pensar nas pessoas. É uma cidade plana. Por isso facilita muito caminhar por ruas e ruelas. Caminhamos entre 12 e 19km por dia, mesmo andando bastante de transportes públicos e, em alguns dias, paramos longos períodos para trabalhar (o computador anda nas costas).

O que não perder em Madrid?

Andar a pé pelos bairros: Barrio de las letras, Lavapiés, La Latina, Chueca, Malasaña, Los Austrias, Salamanca, Recoletos, Sol e Alonso Martinez (e sempre visitar as praças principais de cada bairro).

Visitas a não perder: A Plaza Mayor; o Palácio Real; a Catedral de Almudena; a Basilica de San Francisco El Grande; a Puerta de Alcalá; o parque El Retiro (e lá dentro: Monumento Alfonso XII e lago, Palácio de Velásquez e Palácio de Cristal); andar pela Gran Via (começar no edifício Metrópolis); andar pela Calle de Goya; Puertas del Sol (o marco zero de Espanha e onde está a estátua símbolo da cidade – o urso e o medronho e o relógio); Mercado de San Miguel, Mercado de San Idelfonso; Mercado de San Antón; Jardins de Sabatini; Templo de Debod (atrás tem uma vista do skyline de Madrid com a Catedral e palácio muito bonita); Teleférico entre Parque del oeste e o parque Casa de Campo (5x maior que o Central park); Parque Madrid Rio (tem 42km); Ponte de Toledo; a Puerta de Toledo; El Rastro (Domingo – mas é mais ou menos); Praça de Espanha; Paseo de la Castellana; Paseo de Recoletos; Plaza Cibeles; Paseo del Prado; Estação de Atocha; Praça de toros Las Ventas (pode ferir susceptibilidades); subir ao El Corte Ingles da Plaza Callao, tomar um vinho ou um chocolate quente e apreciar a vista; andar pela calle Fuencarral.

Museus a não perder: Prado, Reina Sofia, Thyssen, Caixa Forum, Circulo de Bellas artes, La Tabacalera e Cerralbo.

Comidinhas a não perder (a gastronomia espanhola é incrível): Jurucha, Mercado de La Reina, Tinto y Tapas, Donde da la vuelta el viento, Mercado de San Idelfonso e para uma cozinha mais diferenciada o Mitte. Chocolate quente (e para quem gosta, com churros) no Valor e em San Ginés; croissant e capuccino em La Infinito (mas não peça o cookie).

Seguem algumas fotos do que considero ter sido “o meu Natal” <3. A maioria tiradas pelo maridão. E as outras pelo iPhone. Digam lá se o Outono no hemisfério norte não é algo pitoresco!

Lugares para fazer um bate e volta, no mesmo dia, perto de Madrid: Toledo, Segovia, Escorial e Vale dos Caídos.

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