Road Trip pela Califórnia
O que dizer sobre esta viagem? Será que existem adjetivos suficientes para descrever a sensação? Incrível?! Inimaginável?! Surpreendente?! Magnifica?! Fenomenal?! Sim, tudo isto e um pouco mais.
A Califórnia foi o lugar que escolhemos para passar a nossa “Lua de mel” de 5 anos de casados. Uma das viagens do topo da nossa “bucket list”.
Foram 17 dias que passaram correndo mas que, ao mesmo tempo, deu a sensação de serem muitos mais. Isto porque andamos 2900km em lugares tão diferentes com paisagens tão ecléticas e inóspitas que não pareciam dentro do mesmo país, quanto mais dentro do mesmo Estado.
Começamos e terminamos a viagem em Los Angeles. Pegamos um voo direto GRU-LAX pela Korean Airlines. Cerca de 13h na ida e de 11h na volta. Na ida viajamos com a equipe Olímpica Koreana de Judô que ganhou medalha de bronze, o que rendeu uma “selfie”.
Nos 17 dias inteiros (e 19 noites) andamos 2900km de carro, 190km a pé e dormimos em 12 lugares diferentes. Abaixo descrevo um pouco do que fizemos em cada um dos 17 dias de pura emoção.
Antes de começar, sugiro que, ainda em casa, faça o download dos mapas, no Google Maps, por onde pretende andar. Desta forma, não vai precisar ficar dependente de internet para que o aplicativo funcione. Se quiser, compre um chip de celular, de turista, na T-Mobile (US$30) e fique conectado durante a viagem. Mas não precisa desperdiçar dados com os mapas ;).
★ Los Angeles ★
Antes de ir para LA sugiro que pesquise bem o que quer fazer dentro do numero de dias que quer ficar. A cidade é enorme e tem atrações para 1 mês sem repetir nada e para todos os gostos. Sugiro que, além de alugar um carro, olhe o seu orçamento, quantos dias tem disponíveis para ficar na cidade e o que, do seu ponto de vista, você não pode perder. E assim, se organizar. Depois é só aproveitar. E não se esqueça de ver os dias e horários de abertura dos locais.
Dia 1 (Domingo)
- As 4h da manhã já estávamos de olhos arregalados por conta do fuso horário (4h), mesmo tendo ido dormir à 1h;
- Depois de um café da manhã com ovos das galinhas do quintal da nossa anfitriã, começamos o dia;
- Um passeio a pé pela calçada da fama de Hollywood, tirar fotos nas “estrelinhas” dos artistas favoritos, ir no Chinese Theatre, etc (na minha opinião não tem nada de especial mas é um ponto para dar um ✓. Faz parte. “Estive lá!”).
- Hollywood Hills (andar de carro por este bairro, de colinas, maravilhoso e quase sempre com vista para o letreiro de Hollywood);
- Observatório Griffith para ver o seu interior; a melhor vista da cidade. Daqui dá para perceber que tem uma imensidão territorial enorme com avenidas que não acabam e que tem poucos prédios altos. Uma “meia dúzia” em Downtown e; para fazer a caminhada de 2h até ficar mais perto do letreiro de Hollywood (não fizemos pois estava um calor de deserto e seria insalubre);
- Estúdios da Warner (para mim foi um encanto e me senti como uma menina de 12 anos que vai na Disney pela 1a vez. Adoro seriados e filmes. Sou aquela pessoa que vê e revê Friends, que adora The Big Bang Theory, Gilmore Girls, que se diverte com a Ellen Degeneres, que gosta do Batman, que adora o Harry Potter, etc (mencionei apenas produções da Warner Bros.). Andar pelos cenários onde estas produções são (ou foram) filmadas é algo indescritível e que só quem tem um mundo de Alice entende. Saber como foi filmado o “beijo do homem aranha”, sentar no Central Perk, ver a casa do Sheldon, da Penny, o elevador há 11 anos quebrado, entrar no estúdio da Ellen, ver as roupas que os atores usaram no Harry Potter e vestir o chapéu seletor que seleciona o time da escola (já agora, fui selecionada para os Gryffindor), andar pela cidade de Stars Hollow (Gilmore Girls), ir no Luke’s Dinner ou entrar na casa da Lorelai e sair do outro lado, na casa da Sookie (sim, no cenário, metade da casa é de uma e metade, da outra. Mas no seriado elas precisam ir de carro de uma casa para a outra ),…enfim. Poderia fazer um post só sobre esta visita e tudo o que aprendi sobre os truques de produção que tanto alimentam as nossas fantasias e maratonas Netflix.
- Fim de tarde em Hollywood Bowl (anfiteatro) para ver um dos concertos de verão. Fica no inicio/fim da famosa Mulholand Drive. Nós tivemos a sorte de assistir a Orquestra Sinfônica de Los Angeles com a dupla de um estilo único Rodrigo y Gabriela (procure no Spotify).
Dia 2 (Segunda-feira)
- Passeio por Beverly Hills, Rodeo Drive e tivemos a sorte de pegar uma exposição inspirada em Salvador Dali pelas ruas do bairro (Na Rodeo Drive);
- Passeio e almoço no Farmers Market (o mais antigo da cidade. Foi pena o calor mas aproveitamos e provamos coisas gostosas – adoro provar coisas locais);
- Passeio pelo The Grove (um shopping a céu aberto que é lindo e tem um bondinho antigo em funcionamento, uma fonte, etc. É lindo para passear. Não precisa fazer compras. Compramos apenas um cabo na Apple Store e uma pulseira para o meu Apple Watch);
- Passeio de carro por Bel Air (vale a pena ver as casas e avenidas fantásticas que estamos acostumados a ver nos filmes e ver as construções de madeira. É realmente diferente);
- Museu Getty Center (sugiro não ir 2a feira pois está fechado e demos com o “nariz na porta”)
- Fim de tarde em Santa Monica (até lá ir pela Ocean Avenue, a avenida costeira de cima. Depois estacionar o carro já perto de Downton, passear a pé pela Promenade (na 3a avenida) e depois ir ver o por do sol no píer. Ah e não se esqueça de tirar a foto no sinal que indica que está no fim da Rota 66 – seja turista por inteiro 😉 )
Pontos altos: Warner, Hollywood Bowl, observatório e Santa Monica
Dormida: 3 noites em Airbnb
Melhor refeição: Uma salada no Claim Jumper (do lado da Warner) e um doce no Farmers Market (com caramelo)
Motivos para voltar: ir no Six Flags (parque de montanhas russas), visitar outros estudios de filmes/seriados e pelo estilo de vida.
Dia 3 ★Sequoia & Kings Canyon National park★
Saímos de LA rumo aos parques Nacionais de Sequoia (para vermos as Sequoias gigantes) e de Kings Canyon mas por um caminho mais longo em que passamos por Three Rivers e pela maior árvore viva, em termos de volume, do mundo, a General Sherman Tree, Grant Grove, Panoramic Point e Cedar Grove. Valeu o desvio.
Pontos altos: as mudanças de paisagens pareciam mudanças de países; a vista panorâmica em Panoramic Point era de arrepiar e virem as lagrimas nos olhos.
Dormida: Airbnb em Oakhurst (reparadora) numa casa que parecia saída de um livro da Louise Hay.
Comida: levamos frutas e barras de proteína (só as como em viagem) num supermercado em LA. Comemos uma salada (sempre com proteína) em Three Rivers e jantamos no conceituado South Gate Brewing Company, onde o maridão tomou cervejas artesanais (IPA).
Dia 4★Yosemite National Park★
Este lugar, onde se respira o mais puro dos ares, faz faltar o fôlego pela tamanha beleza natural com rochas glaciares misturadas à natureza selvagem e única, no meio de vales e formações rochosas. Patrimônio Mundial da Unesco é uma jóia na natureza da Califórnia e que transmite uma energia que de tanto se sentir quase é visível aos olhos. Pura energia.
Como Mariposa Grove estava fechada para restauração, saímos de Oakhurst rumo a Glacier Point (com vista para o vale de Yosemite onde se vê, lá embaixo a vila de Yosemite e de Half Dome e, acima para o próprio Half Dome) com parada para uma das primeiras vistas do Half Dome (uma cúpula de granito que só de olhar nos traz uma calma e uma paz reparadoras no peito).
Depois, fomos rumo às vilas do vale (Yosemite Valley e Half Dome Village – antiga Curry Village) mas, no caminho, fomos fazendo várias paradas para observar as paisagens. Sendo a mais ludibriante e estonteante a que vem depois do túnel com o majestoso El Capitan! Sem palavras mas com fotos que mostram 10% da sensação de estar neste lugar.
A sugestão, ao chegar às vilas, é parar numa delas e pegar o bus gratuito que faz as duas vilas e algumas trilhas. Uma delas tem 340km, para os mais bem preparados e corajosos e está cheia de avisos do que fazer se aparecerem ursos no seu caminho (aliás lembre-se que é você que estará no caminho dele).
Pontos altos: As paisagens naturais, a 1a vista do Half Dome e a 1a vista do El Capitain.
Dormida: Booking em Midpines, no Yosemite Bug Rustic Mountain Resort (onde “desmaiamos”)
Comida: levamos frutas, saladas e barrinhas de proteínas que compramos no supermercado em Oakhurst. Em Yosemite temos pouca opção e é tudo muito caro. Jantamos no restaurante orgânico do hotel. Simples e bom.
Dia 5 ★Pé na estrada rumo a São Francisco★
Paramos 10 minutos em Mariposa, uma graça de cidade depois pé na estrada. As paradas foram, essencialmente, para abastecer e aliviar as necessidades. Fomos filmando as plantações que fomos vendo no caminho mas as paisagens eram maioritariamente agrícolas. A primeira parada com o intuito turístico (e para almoçar) foi:
★Berkeley★
Cidade símbolo do discurso livre, dos ativistas, do movimento Hippie e dos universitários. Tipo uma Coimbra (Portugal). Queria conhecer pela grande e renomada Universidade da Califórnia e pela presença em vários seriados e filmes. É uma cidade charmosa e que vive para a Universidade. Como tal tem uma população bastante jovem, irreverente e animada. Passamos cerca de 3h aqui.
Pontos altos: a Universidade, principalmente o campanário e a biblioteca. Ir na Marina para ter uma vista da cidade de São Francisco pois Berkeley fica do outro lado da baía.
Dormida: Airbnb em Nob Hill – San Francisco.
Comida: Almoçamos no The Butchers Son (o filho do Açougueiro). Um restaurante vegetariano bem diferente e gostoso. Se por acaso você vier aqui algum dia, divida uma salada pois elas são enormes.
★São Francisco★
Pegamos um pouco de trânsito para entrar na cidade mais cara dos Estados Unidos, pela Bay bridge (ponte). Fomos diretos a Mission St para pegar a chave com a dona do apartamento que alugamos no Airbnb, em Nob Hill. Um bairro privilegiado, sossegado, vintage, de casinhas características, de moradores, 2 hotéis chiques e famosos, barzinhos e com ótimas vistas da baía (incluindo das pontes Golden Gate e Bay Bridge). Preferimos ficar em locais onde não ficam os turistas, como seria em Union Square ou Fishersman Wharf que, além de mais caros, são mais “muvucados” e barulhentos.
Final de tarde caminhada de “casa” até à “transada” Chestnut St, no bairro Marina.
Pontos altos: as ruas…… <3
Comida: jantar no Blue Barn (dividimos salada divina com atum fresco!)
Dia 6 (Sexta-feira)
Depois de uma caminhada para aquecer por Nob Hill e Russian Hill, de ver a Lombard Street de cima, de tomar um café no Starbucks para aquecer (saímos de um calor de 28º em LA e Yosemite para 13º em SF), passeamos no Fishermans Wharf, as docas e um dos pontos mais turísticos de São Francisco. O bom de chegarmos bem cedo, pelas 8h, é que quase não havia turistas e estava cheio de pescadores trabalhando. Um amontoado de Leões Marinhos no Pier 39 já nos estamparam um sorriso no rosto, aquecendo o coração. Como em quase todas as cidades, uma das formas de começarmos o passeio é com um Hop-On Hop-Off. Escolhemos o da Big Bus, por 2 dias, pois era o único que ia até Sausalito, do outro lado da Golden Gate Bridge e o que tinha um tour noturno. Fizemos a linha diurna (vermelha) completa, saindo para explorar alguns bairros: Marina (casas deslumbrantes e com vistas deslumbrantes da baia e da ponte Golden Gate; Civic Center; North Beach; Presidio…Ao anoitecer passeio de Hop-on Hop-Off pela cidade novamente e pela ponte Bay Bridge para ver o anoitecer em Treasure Island…Depois caminhada noturna pela cidade e eventualmente chegamos a casa.
Pontos altos: A visão geral da cidade e os leões marinhos
Melhor refeição: Um sorvete feito no nitrogênio na Smitten Ice Cream e uma salada de couve feita em casa, à noite.
Dia 7 (Sábado)
O 7º dia da viagem é o dia em que comemoramos 5 anos de casados. O motivo que nos impulsionou a fazer esta viagem. Pensamos em fazer algo em especial mas lembramo-nos que tudo o que estamos fazendo já é especial. Portanto preparamo-nos para nos levantarmos e conhecer a tão apaixonante (e fria) São Francisco.
Começamos com um tour por Chinatown. A 1a dos Estados Unidos. Em 1840, os Chineses vieram na época em que descobriram ouro na região. No entanto, ao invés de explorarem as minas foram explorados, discriminados pois eram ricos e enviados para um “morro”, onde hoje é Chinatown. Sem dinheiro para voltarem para a China tiveram que “dar seus pulos” e abriram serviços que não existiam na cidade: lavanderias e restaurantes. E assim se mantiveram e foram crescendo. Uma Chinatown bonita, principalmente quando se acendem as luzes e a entrada pela “Dragon’s Gate”, portal da “cidade”.
Mais Hop-on Hop-Off.
Parada e passeio por Haight-Ashbury (o bairro mais famoso nos anos 60, com uma contracultura Hippie, palco do “verão do amor”, em 1967 e centro da cultura Hippie, é cheio de casas Vitorianas, de livrarias anarquistas, lojas de piercings, de roupas de várias épocas e para os gostos mais variados, grafites irreverentes, etc. Passamos pela casa onde Jimi Hendrix viveu, pela casa de Janis Joplin e de outras figuras da época. É um bairro que faz lembrar um pouco Camden Town, em Londres. Depois Golden Gate Park, 5x maior que o Central Park, de Nova Iorque (onde ficam os museus: Young Museum e California Academy of Sciences).
Mais Hop-On Hop Off.
Passar a icônica e de estilo art-deco Golden Gate Bridge de apenas 1km. Para mim ela não é tão incrível pois vivi a minha vida a olhar para uma semelhante mas 7 vezes maior, a Ponte 25 de Abril em Lisboa. Mas só o fato de saber que estava em São Francisco deu-me uma sensação muito boa e de mais um sonho realizado.
Sausalito – Uma cidade perfeitinha, portuária e pitoresca que fica na baía de São Francisco, logo depois da ponte. Há quem vá de bicicleta. Estava muito frio e vento gelado por isso fomos no H-O H-O e voltamos de ferry. Tem umas lojas fofinhas de artistas, casas incríveis, vistas lindas de SF e uma sorveteria muito boa e concorrida, onde comi um sorvete de tâmara.
Ferry para Fishersman Wharf, brincadeiras em volta dos Cable Cars, visita à Ghirardelli (chocolates de SF, desde 1852 e onde, mal se entra, oferecem uma amostra grátis de algum chocolate. O nosso foi de chocolate amargo recheado de caramelo salgado. Divino! A fila para os sorvetes e outras gostosuras era enorme e por isso nem ficamos. A nossa cota já tinha atingido o limite. Mas valeu a visita e provar aquelas amostras) e depois Lombard Street vista de baixo (o jeito mais bonito). E mais passeio pelas ruas (como adoro andar a pé pelas cidades. Apenas sair caminhando e imaginar como as pessoas de lá vivem. Adoro!!
Pontos altos: as ruas, as casas, Lombard Street, Chinatown, passar a ponte (mesmo com o frio)…este dia foi muito eclético!
Comida: sorvete na Lappert’s e chocolate na Ghirardelli
Dia 8 (Domingo)
Neste dia, por ser Domingo (os parquímetros são gratuitos), resolvemos sair de carro e ir a alguns lugares específicos como algumas igrejas em Nob/Russian Hill, passar de novo no Civic Center, ir ao bairro Castro (a meca da vida gay com excelentes cafés, padarias, boutiques, restaurantes, etc. Ruas cheias de arco-íris, a famosa loja de fotografia do Harvey Milk, um parque incrível –Parque Dolores-, a famosa sorveteria Bi-rite Creamery (não achei lá essas coisas), o hidrante “dourado” que salvou SF do grande fogo de 1906 que aconteceu após o terramoto, etc.
Depois mirante de Twin Peaks para ter uma visão de quase 360º da cidade (com uma ventania extremamente forte).
“The Painted Laidies” em Haight- Ashbury – casas Vitorianas e Eduardianas, coloridas (já tínhamos visto mas não tínhamos parado para observar bem e tirar a foto).
Aos domingos os “Fransciscanos” (aliás, os americanos em geral) não almoçam, eles “bruncham”. Portanto, praticamente todos os restaurantes só servem este menu especial. E nós fomos almoçar/brunchar às 15h num restaurante charmoso e descolado, orgânico e com produtos locais, Nopa, em Hayes.
Para fazermos a digestão, fomos atravessar a ponte Golden Gate pela 3a vez, mas desta vez de carro. Portanto pudemos vê-la de vários pontos. Começamos pela vista de baixo, em Fort Baker, Marin Headlands e os mirantes de Hawk Hill. Fizemos mais uma volta pela cidade, passamos na frente da casa do filme “Mrs Doubtfire” (Uma babá quase perfeita, no Brasil – e relembrar o incrível ator que foi o Robin Williams), pelo Presido, Marina, Lombard,……
E à noite, mais vistas das pontes para registrar fotográfica e mentalmente e, assim, nos despedirmos desta cidade espetacular.
Pontos altos: tudo!
Comida: cappuccino com leite de amêndoas no Artis café (Castro) e almoço/brunch no Nopa.
Motivos para voltar: repetir tudo, claro! Visitar Alcatraz que tentamos marcar com um mês de antecedência mas já estava tudo esgotado. Ir visitar as vinícolas de Napa e ver a cidade com céu azul.
Curiosidade sobre São Francisco: SF fica coberta de nevoeiro especialmente no verão (Julho/Agosto) causado pelo ar quente que assola todo o vale central da Califórnia, forçando um ar frio (do Alasca) e um nevoeiro que entra pela passagem da Golden Gate. Em volta as temperaturas estão quentes mas na cidade e na costa até um pouco mais a sul, as temperaturas caiem e a cidade fica sob neblina e vento gelados. Como diria Mark Twain “O inverno mais frio que eu passei na minha vida foi um verão em San Francisco.”
Dia 9 (Segunda-Feira)
Como todos os dias na cidade, acordou nebuloso e frio. Tomamos o café da manhã que religiosamente fazíamos em casa (omelete com couve e espinafre + fruta + castanhas), banho e nos despedimos do nosso apê fofo onde passamos 4 ótimas noites. Às 9h estávamos prontos para seguir rumo à famosa Pacific Highway 1, direção sul. A rodovia costeira da Califórnia.
A nossa 1a parada de destino foi Half Moon Bay. Parada para foto nas praias e para tomar um café Americano para o maridão e Cappuccino com leite de amêndoas para mim.
Depois de uma costa linda e de passar pela famosa (entre os surfistas) onda Maverick, chegamos a Santa Cruz (com paradas nos pontos bonitos até lá). A 2a capital do surf (a 1a é Huntington Beach). Rápida visita ao museu do Surf, ver alguns surfistas nas ondas e uma foca a pegar onda também. Andar no Boardwalk (calçadão à beira mar) tão característico das praias californianas e pelo píer, onde almoçamos.
Entre Santa Cruz e Monterey a estrada tem pouca costa. É necessário fazer um pequeno desvio, em Moss Landing para ter uma experiência engraçada. Para trás deixamos as plantações de alcachofras e, neste momento, ao entrarmos no estuário do Elkhorn Slough a caminho das dunas temos, de um lado as focas e, do outro os leões marinhos e pelicanos. Como estava um vento gelado não ficamos muito tempo. Apenas o suficiente para sentirmos o local e fotografarmos.
Parada seguinte, onde ficamos 2 noites:
★Monterey★
Passeio no final de tarde pelo Fishersman Wharf (as docas), pelo centro da cidade e pelo passeio costeiro. Tivemos a sorte de jantar num restaurante sobre o mar e de ter como entretenimento 2 focas brincando e 2 lontras comendo (que aos nossos olhos parecem bebes brincalhões). Foi uma experiência muito simpática pois adoro lontras e só as tinha visto no Oceanário, em Lisboa (A Amália e o Eusébio). Fiquei até um pouco histérica. Parecia uma criança.
Pontos altos: as vistas depois das curvas, na estrada.
Dormida: Motel de um Indiano antipático.
Comida: Almoço no Fishersman Wharf de Santa Cruz (Firefish Grill) e jantar no Fishersman Wharf de Monterey (The big fish gril).
Dia 10 (Terça-Feira)
Acordamos motivados para visitar o famoso Aquário da Baía de Monterey. Devemos ter sido dos primeiros a chegar, tal era a excitação (normalmente acordamos cedo). Já conhecíamos o Oceanário de Lisboa que é algo para lá de emocionante e pensamos que este seria algo ainda mais magnifico. E o que acontece quando temos muitas expectativas? A chance de nos desiludirmos é muito grande. E foi o caso. Além de ter poucas espécies de animais marinhos, o aquário principal tinha pouca visibilidade e pouca vida. Valeu por 2 espécies de anêmonas e pela floresta de Kelps (as algas típicas desta parte da Califórnia e a razão pela qual tem tantas lontras).
Passeio de bike pela ciclovia à beira mar em Cannery Row e Pacific Grove (cheia de casas vitorianas à beira-mar lindas). Almoço no primeiro Bubba Gump (foi sem querer, estava ali à mão e eu estava com muita fome. Geralmente preferimos os restaurantes locais e este acabou sendo local).
17 mile drive – Uma das estradas mais cénicas da California que liga Monterey a Carmel. Começamos pelo portão da Pacific Grove para que o mar ficasse do nosso lado direito e fomos descendo. Cada curva revela uma vista de cartão postal Custa US$10 a entrada para andar nesta estrada que faz parte de um Parque Nacional. Com lindas praias, animais selvagens (vimos vários veados, leões marinhos e focas), vários campos de golfe (sendo o mais famoso o de Pebble Beach), mansões e uma árvore famosa, a Lone Cypress (Cipreste Solitário). Paramos a cada 5 minutos para tirar fotos de alguma vista cénica. E Depois chegamos a Carmel-by-the-sea para um café de final de tarde.
Saímos um pouco da 17 Mile Drive para visitar a chique Carmel. Retiro de artistas, escritores e da alta sociedade. Paramos na praia para uma vista geral e depois fizemos, de carro, a Scenic Drive, a estrada junto ao mar. De um lado casas incríveis e do outro…..a praia. Passamos por Carmel Mission (a igreja), a chácara do Clint Eastwood, andamos pelas ruas de casas charmosas e peculiares. Inclusive a casa de Henzel & Gretel (João e Maria) e depois andamos pelo centro da cidade. Com lojas especiais, galerias de arte, cafés e padarias charmosas.
Voltamos para terminar a 17 Mile Drive e ainda pegamos o finzinho de uma feira de produtores e artesanato locais, no centro de Monterey, onde “beliscamos” umas “tipiquisses”.
Pontos altos: Pacific Grove de bike, 17 Mile drive e Carmel-by-the-sea
Dormida: Motel de um Indiano antipático
Comida: Brownie e café na “Carmel Valley Coffee Roasting Co.” na Ocean Ave, em Carmel.
Dia 11 (Quarta-Feira)
Rumo ao ★Big Sur★
Acordamos cedinho, colocamos as malas no carro, comemos uma maçã e proteína de arroz (estava me guardando para tomar o café da manhã num local especial) e “pé na estrada”.
Começamos em Point Lobos State Reserve, para fazermos a Cypress Grove Trail que começa no Sea Lion Point Park. A entrada do parque custa R$10 e dá direito à visita a todos os parques estaduais da região (desde que não estejam fechados por causa dos fogos). Como fomos bem cedinho quase não vimos pessoas. Esta trilha é linda, com visuais calmantes e tranquilizadores. Dava vontade de ficar sentada apenas observando, sentindo e respirando. Mas eu estava com muito frio para ficar muito tempo assim. Um visual muito bonito e que parecia retirado da cena de um filme ou de uma pintura foi ver uma Senhora, a Mary, pintando uma tela com a vista dos ciprestes sobre o mar. Uma pintura sobre outra pintura!
Seguimos a estrada (Pacific 1) e paramos para tomar café da manhã no chique California Market, com uma vista muito bonita.
A partir daqui paramos, praticamente, de 10 em 10 metros. Parecia um agachamento constante o entrar e sair do carro. Começando na curva após a placa de Garrapata State Park , para ver o desfiladeiro, passando por Rocky Point, Bixby Bridge (a ponte que vemos em todas as fotos representando o ★ Big Sur★, esta parte da costa), etc.
Devido aos fogos que estavam consumindo esta parte da Califórnia (até aquele dia já tinha ardido uma área de 340km2 que tomou grande parte do parque Big Sur e de mais 3 parques estaduais) não pudemos entrar em Point Sur (uma rocha vulcânica com um farol no topo – vimos apenas da estrada), em Andrew Molera State Park nem em Julia Pfeiffer Burns State Park para ver as cachoeiras (Maway Falls). Conclusão: precisamos voltar! Algo emocionante foi ver a quantidade de cartazes caseiros, ao longo da estrada, dando força aos bombeiros, pelo excelente trabalho que estavam desenvolvendo, combatendo os fogos da região. Realmente motivador ver o civismo e o respeito por aqueles homens e mulheres que arriscam as suas vidas para que nós possamos passear, respirar e viver tranquilos.
A visita seguinte, onde almoçamos as saladas e wraps que tínhamos previamente comprado no supermercado, foi na Pfeiffer Beach, em Los Padres National Forest. A praia é de areia arroxeada pois é constituída, principalmente, por quartzo e granada (além de outros metais) que descem das montanhas e são responsáveis pela cor roxa de algumas partes.
Depois do descanso, de volta à estrada e, mais uma paradinha: no Nepenthe para um Americano (maridão) e um Cappucino com leite de amêndoas para mim (viciei), um restaurante/café/loja de artesanato com um terraço com uma vista maravilhosa do Big Sur (e dos helicópteros que desciam a cada minuto para se recarregarem de água do lago para apagarem os fogos) e onde Rita Hayworth e Orson Welles tiveram uma casinha.
Depois paramos em Gorda (local para ver as baleias mas não em Agosto…), ainda no Big Sur, em Ragged Point, em San Simeon para ver os elefantes marinhos e as focas “esparramados” na areia da praia (são tão fofos na sua esquisitice), em Cambria (lindo calçadão em Moonstone Beach), Cayucos (Harmony, um pouco antes do centro de Cayucos parecia uma cidade fantasma, saída do faroeste e onde não cruzamos com ninguém).
E, pelas 19h30 chegamos a ★San Luis Obispo★. Onde primeiramente arranjamos um Motel para tomar um banho e largar as malas. A cidade não tem propriamente coisas incríveis para ver mas adoramos a sua “fofura”. San Luis Obispo foi classificada, pela Gallup, em 2008, como a cidade onde as pessoas são mais felizes, nos Estados Unidos. Um índice onde inclui qualidade de vida, acesso à saúde, satisfação com a atividade profissional, etc. Perguntei a algumas pessoas se eram realmente felizes e sorrindo, meio envergonhadas, disseram que sim mas meio sem entenderem o estudo. Não se sentem diferentes das outras pessoas e a Felicidade é relativa. Gostamos do ambiente da cidade no final de tarde/noite. Um ambiente jovem, animado e acolhedor. Ouvimos boa musica nas ruas e tudo muito organizado. Conhecemos a Bubblebum Alley (uma viela cheia de chicletes coladas nas paredes e no chão – nhaca) E comemos muito bem. Às 22h30 já estávamos a “cair para o lado” de cansados…rsrs
Pontos altos: as vistas das paradas a partir da Pacific Highway 1.
Dormida: Motel de um Indiano simpático.
Comida: jantar no Mother’s Tavern.
Dia 12 (Quinta-Feira)
Acordamos cedo, como sempre, e tomamos o café da manhã no Kreuzberg, um café chique ao estilo de Berlim com sofás confortáveis, poltronas vintage, prateleiras com livros, espelhos gigantes e arte local, onde as pessoas vão não só para tomar o café da manhã mas para lerem ou trabalharem. Passeamos pelas ruazinhas do centro, visitamos a Mission San Luis Obispo de Tolosa (a 5a de 21 Missions da Califórnia), o Madonna Inn (uma pousada ao estilo kitsch, meio cafona e estravagante, com 110 quartos temáticos, que nos fez sentir em Las Vegas) e, no final da manhã, arrancamos pela Pacific Highway 1 rumo ao sul.
Parada na Pismo Beach (onde termina a Pacific Higway 1 e começa a 101. Uma cidade que parece ter parado nos anos 50 onde parecia que a qualquer momento iria passar o James Dean de conversível) e chegada em: ★Santa Barbara★
Depois de escolhermos uma pousada e de finalmente chegarmos novamente ao calorzinho, deixamos as coisas e fomos passear numa das cidades pequenas mais charmosas por onde andamos. Deu vontade de morar lá…Classificada como a Riviera Americana, Santa Barbara é chique mas não é ostensiva, tem bom gosto, tem vinho, boa comida, praia, surf, patinadores e ciclovias. Uma mistura de estilo mediterrânico com o americano. Só casas baixas, sem prédios, misturada na natureza e com muita influência espanhola.
Passeamos pelo centro de Santa Barbara, pela State st e suas perpendiculares. Fomos até ao píer (Stearns Wharf) e passeamos no calçadão, junto à praia. Neste dia, de tanto caminharmos, os meus pés fizeram uma bolha.
Pontos altos: downtown de Santa Bárbara.
Dormida: Orange Tree Inn.
Comida: “Almojanta” no Aldo’s (Fig &Olive fica para uma próxima) e sorvete no McConnell’s Fice Ice creams.
Dia 13 (Sexta-Feira)
Café da manhã maravilhoso no Garrett’s Old Fashion Restaurant e depois malas no carro novamente. Ficaríamos facilmente uma semana em Santa Barbara explorando toda a região mas isso vai ficar para 2as núpcias ;). Passamos o inicio da manhã visitando mais alguns pontos turísticos de Santa Bárbara, tais como a Mission Santa Barbara e o Santa Barbara County Courthouse (que além de lindo, subimos e tivemos uma vista de 360º da cidade). Numa próxima quero visitar Ojai e alguns vinhedos.
Parada na elegante Montecito. Primeiro para visitar a igreja Our Lady of Mount Carmel e depois para ver as ruas, as casas, as lojas (por fora), as pessoas e a praia. Em seguida Carpinteria, uma cidade de praia estilo retro onde, finalmente, molhei os pés na praia (água gelada mas o tempo começou a esquentar) mas que não vale o desvio.
Parada para ver a vista no Parque Estadual Point Mugo e depois ★Malibu★ (um dos locais onde vivem as celebridades com suas casas praticamente na areia da praia. Para termos o privilégio da mesma vista precisamos estar na areia. Não dá para ver da estrada. Aqui ficam as traseiras das casas.) Até este momento ainda não tínhamos visto muita gente junta. Malibu estava “impossível”. Nem conseguimos parar o carro. Tivemos que parar no Malibu Country Mart e almoçar por lá.
Parada seguinte, no final do dia, e onde dormimos uma noite: ★Venice Beach★ (o lugar que menos gostamos. De qualquer forma vale a pena dar um ✓, no final de tarde, no Boardwalk (calçadão) de Venice. Sentimo-nos nos anos 60. Cheios de lojas que vendiam Marijuana, hippies, artistas de rua das mais variadas atividades, videntes, vendedores, body builders, academias ao ar livre, skatistas, patinadores,….um mix de culturas e contra-culturas) Meio estranho. Não sei se foi por termos acabado de chegar de cidades tão pacificas e de repente estarmos no meio de uma confusão. De qualquer forma foi a praia onde vimos o por do sol mais bonito. E perto dali, na Abbot Kinney Blvd– cheia de restaurantes de comida saudável (onde jantamos)- comemos o melhor sorvete das nossas vidas no Salt & Straw. Enfrentamos 20 minutos de fila de espera e, quando saímos, a fila dava a volta ao quarteirão.
Pontos altos: Santa Bárbara.
Dormida: Air BnB em Venice (Marina Del Rey) – o nosso pior anfitrião (meio manhoso e omissivo).
Comida: Sorvete no Salt & Straw.
Dia 14 (Sábado)
Tomamos o café da manhã numa cafeteria local, sem turistas, em Playa del Rey, no Café Milan. A melhor experiência aqui não foi a gastronômica mas as pessoas que conhecemos quando pedíamos informações. Fizemos amizade com 3 pessoas que foram incríveis conosco. E este é um dos ganhos de viajar: conhecer pessoas diferentes, prestativas, curiosas e enriquecedoras. Uma troca super valiosa.
Parada seguinte: ★Huntington Beach★
A capital Americana do Surf. A cidade vive o clima surfista e isso pode se ver, principalmente no museu do surf, na maior prancha de surf já surfada exposta na rua (está no livro do Guiness e 63 pessoas surfaram nela ao mesmo tempo), na Calçada da Fama dos Surfistas (com o comércio voltado para o surf e nomes de surfistas famosos no chão), no Pier e nas praias……mais precisamente no mar, dos dois lados do píer.
Depois: ★Newport Beach★
Aqui não paramos muito tempo mas demos uma grande volta de carro. Era sábado e havia gente por todos os lados. Gostamos muito de fazer toda a península de Balboa. Uma “língua de terra” que adentra 4.8km o mar, com 800 metros de largura. Cheia de casas lindas, uma marina, um pequeno parque de diversões, praias, um calçadão e uma ciclovia que fazem toda a península. Fiquei com a sensação que passaria bem aqui, uma semana.
Uma parada mais alongada em: ★Laguna Beach★
Uma cidadezinha apaixonante, romântica e que respira arte e apenas turismo cultural. Lembra uma Riviera, com as praias, desfiladeiros e o mar azul esverdeado. Para além da natureza, a cidade é conhecida pela tradição artística. Cheia de galerias e sedia o Festival de Artes, no verão (nós tivemos a sorte de pegar o último final de semana do evento). Estacionamos o carro e fomos passear pelos desfiladeiros, visitamos a Galeria da National Geographic, o Festival e “almo-jantamos” no Alessa.
Pé na estrada, com uma parada para o pôr do sol e visitar a Marina em ★Dana Point★, pisar em Trestles (uma onda famosa) e rumo a Carslbad onde passeamos à noite, ouvimos uma música e dormimos (desmaiamos).
Pontos altos: Laguna Beach.
Dormida: Motel em Carlsbad.
Comida: Café da manhã no Café Milan.
Dia 15 (Domingo)
Rumo a San Diego
★Carlsbad★
Aqui, de noite, já percebemos que era uma graça de cidade. Mas de manhã, enquanto fazíamos a digestão do café da manhã, caminhando, apaixonamo-nos. Uma cidade feita à medida, toda pensada, cheia de pessoas andando de bicicleta, de pais passeando com os seus bebes nos carrinhos e, arquitetonicamente super agradável. Com um passeio à beira mar de acalmar qualquer coração.
★Chopra Center★
São poucas as pessoas que eu admiro e o Deepak Chopra faz parte desta curta lista. Já que, desta vez, não foi possível passar uns dias no Chopra Center, pelo menos fui conhecer, conversar um pouquinho e plantar novas sementes para projetos futuros, em Encinitas.
★La Jolla★
O bairro chique de San Diego e que fica bem a norte, na costa, chama-se La Jolla (A jóia). Com vistas bonitas dos desfiladeiros sobre o mar e as 7 cavernas (cheias de Leões Marinhos e Focas), lojas chiques e restaurantes top. O fato de ser Domingo não ajudou no nosso passeio pois acho que metade da população de San Diego estava lá. Fizemos uma visita de carro por toda La Jolla, começando pela Coast Blvd e fomos parando em alguns pontos mais chamativos para tirar fotos. Mas não conseguimos alugar um caiaque, por exemplo, para andar pelas cavernas, por exemplo (precisamos voltar!).
★Pacific Beach★
Passeamos um pouco por Pacific Beach, outro bairro de San Diego (que também estava com muita gente), mas apenas para reconhecer a área que atrai tantos brasileiros.
★Mission Beach★
Neste bairro, paramos no Parque de Mission Beach para deitar na grama e tirar foto 360º. É incrível como todas as praias têm calçadões e ciclovias intermináveis. Tudo arranjadinho, limpo, cuidado.
★Cabrillo National Monument★
Localizado no final da Península de ★Point Loma★ está uma estátua de Juan Rodríguez Cabrillo (explorador espanhol que aqui chegou em 1542 – o 1º europeu a pisar na Costa Oeste), o farol Old Point Loma Lighthouse transformado em museu e uma lojinha (ótima para comprar lembrancinhas para os sobrinhos).
Para além da história e cultura, este parque proporciona vistas incríveis da cidade e de toda a área de San Diego.
★San Diego★
Chegamos ao nosso AirBnB, localizado no bairro “Little Italy”. Foi deixar as coisas e seguir passeando a pé para aproveitarmos o fim do dia. Fomos diretos ao porto (Harborview) e visitamos o Museu Marítimo de San Diego, com acesso a 7 embarcações totalmente diferentes sendo a mais “original” (e que causou até uma sensação estranha), o interior de um submarino Soviético – B39 (verdadeiro). Visitamos o Star of índia (navio mercador de 1863 que transportava algodão para Inglaterra e depois imigrantes para a Nova Zelândia), o Californian (de 1984), o Steam Ferry Berkeley (de 1898 foi o 1º ferry de San Francisco e que operou por 60 anos na travessia), o Steam Yacht Medea (1904), etc.
Depois passeamos por Little Italy, onde acabamos jantando. Um bairro super agradável, com muita vida e cheio de influência italiana e de restaurantes de frutos do mar.
Pontos altos: Carlsbad, Point Loma e Little Italy.
Dormida: Airbnb em San Diego.
Comida: Jantar no Barbusa.
Dia 16 (Segunda-Feira)
★San Diego★
Há vários anos que não visito Zoo’s. Incomoda-me ver os animais presos. Animais que são de uma natureza livre e com características próprias e são confinados a espaços ridiculamente pequenos e fora do seu habitat natural. Olho para os tigres e penso “Se você nasceu aí provavelmente nem sabe que consegue correr e como você gosta disso. Espero que você tenha problemas de memória e a cada 10 minutos pense que está num lugar novo. Por vezes a ignorância é uma benção.” Vejo a Girafa que mal se consegue mexer. Enfim….não gosto de fomentar este negócio. No entanto, o que sempre ouço falar de San Diego é do Zoo (o maior do mundo!). Portanto, “quando em Roma sê Romano e vá no Coliseu”, em San Diego, precisa ir no Zoo. E lá fomos. Se gostamos? Claro, há sempre boas experiências a serem tiradas. No entanto, o peso de ver aqueles animais assim é muito maior e não compensa. Apesar de ser o maior do mundo, o tigre não corre, o hipopótamo vive numa poça de agua, o Gorila mal tem espaço para caminhar,….. Dá vontade de os soltar a todos e levar para o lugar a que eles pertencem. Confesso que passou várias vezes pela minha cabeça de Alice. O resto da volta por Balboa Park (onde fica o zoo e onde existem mais 14 museus e 6 jardins botânicos) foi de carro pois o calor, perto da hora de almoço estava insano.
Tínhamos na nossa lista visitar o USS Midway Museum, no porto de San Diego, no Navi Pier. O mais antigo porta aviões americano (1945-1992) mas não quisemos fomentar o negócio de 2 coisas que abominamos e tudo no mesmo dia. Ainda tínhamos mais uma noite para dormir em San Diego e queríamos dormir com a consciência tranquila. “Enjaular animais” e “guerra” (mesmo que ele tenha servido para missões humanitárias também). Por isso as fotos foram só por fora, junto à estátua do “Beijo”.
Passeamos a pé à beira do porto e visitamos a Seaport Village, um complexo pitoresco de lojinhas, restaurantes, carrossel, entre outras coisas, à beira-mar. Uma graça de lugar. Um charme. Aproveitamos para comer um sorvetinho.
Downtown (centro da cidade) de SD é comum. Prédios altos, empresas, etc. E um dos bairros mais emblemáticos da cidade é o Gaslamp Quarter. Um bairro que abriga a vida mais agitada, eclética, cultural, gastronômica e histórica da cidade. Onde vimos também vários moradores de rua.
Seguimos em seguida para a ponte, rumo a Coronado. Uma península que parece uma ilha e que nos faz sentir totalmente fora de uma cidade grande. Não fosse olharmos para o outro lado do mar e ver o skyline de San Diego (lindo!). Fez lembrar estar no Brooklyn e ver Nova York mas em proporções muito menores. Paramos no San Diego Skyline Viewpoint. Onde tiramos fotos e caminhamos à beira-mar e do parque Coronado Ferry Landing Park. A agitação fica ao longo de toda a Avenida Orange ave, que atravessa a península e vai dar no Hotel del Coronado (de 1888) e à zona das praias. Um areal branco a perder de vista.
Jantamos em Little Italy, já perto de casa. E à noite confraternizamos com o dono do apê onde estávamos, um Engenheiro Sírio e o amigo e vizinho dele, um Médico Libanês. Foi extremamente enriquecedor compartilharmos as nossas historias de vida, com culturas tão diferentes mas com ideias tão parecidas. Quando os nossos valores mais fortes são os humanos, não há cultura alguma que os contradiga. Amor é amor em qualquer lugar do mundo.
Pontos altos: Seaport Village e Coronado.
Dormida: Airbnb em San Diego.
Comida: Café da manhã (suco verde vitaminado) no Juice Crafters.
Dia 17 (Terça-Feira)
O último dia inteiro
Café da manhã detox no Juice Crafters e rumo a Los Angeles. Fizemos algumas paradas, nomeadamente para a cafeína diária necessária, num Starbucks, e uma um pouco mais consumista.
Sobrou um dinheirinho e nós raramente fazemos compras em viagem. Somente aquilo que já planejamos antes. Isto é, não ficamos parando em lojas. No entanto, sobraram uns dólares e o maridão estava precisando de algumas coisas. Combinamos fazer uma parada de 2h no Citadel Outlet, em Los Angeles onde tinha as lojas que ele queria. E passamos o resto da tarde, mais tranquilos, em Santa Monica para um último pôr do sol do pier.
Pontos altos: Promenade de Santa Monica.
Dormida: Motel em Inglewood (já perto da entrega do carro e aeroporto) – LAX Suítes.
Comida: Café da manhã (suco verde vitaminado) no Juice Crafters e salada deliciosa no Ruby’s Diner.
No dia seguinte, foi acordar, encontrar um lugar para tomar café da manhã e comer as últimas panquecas e depois, Hertz e aeroporto. Onde começaram a vir as primeiras sensações de saudade e, ao mesmo tempo, a sensação de tempo bem aproveitado. Chegamos em Guarulhos às 8h da manhã do dia 1 de Setembro fresquinhos (ou quase) para voltarmos à ativa. Agora é começar a planejar a próxima viagem. Este é um dos combustíveis que nos dá energia para trabalhar bastante e poder, depois, conhecer o mundo!
Bon Voyage! #MinhaVidaEmViagem
Notas de suportes/fontes indispensáveis: Yelp, Booking, Airbnb, Google Maps, Trip Advisor, Lonely Planet e sites das Prefeituras das Cidades.
Para ver mais fotos da viagem, acesse o album do Facebook neste link: Album Califórnia 2016
Parabéns pelo aniversário! Como dizem os filósofos:
“A VIDA É FEITA DE MOMENTOS BONS E RUINS. APROVEITEM INTENSAMENTE
OS BONS E ESTEJAM UNIDOS PARA SUPERAR OS RUINS. ASSIM SE CONSTRÓI
UM CASAMENTO DURADOURO E FELIZ…”
Que lindo Vania!!! Que celebração maravilhosa para os 5 anos de casados!! Deus os abençoe e sempre e permita viagens maravilhosas a cada aniversário!
Além do mais, a partilha dessa viagem é muito legal! Contém várias dicas de viagens, locais, tempo gasto, enfim, muito útil e ilustrada com belíssimas fotos!
Muito feliz em receber esse post!!
Obrigada!!
Gratidão pela partilha das vossas fotos maravilhosas!
Muitos parabéns pelo 5º aniversário do vosso casamento e muitas…muitas felicidades para o futuro!!!
Viva La Vida!!!