“Um dia ao fazer auto-exame das mamas, senti um pequeno nódulo”

Conhece esta frase? Já passou por esta situação ou conhece alguém que passou ou está passando? Se respondeu sim a alguma das hipóteses, sabe que, a partir deste momento, nada mais será igual, dali em diante. Mesmo que se venha a revelar que não seja nada (na maior parte dos casos, graças a Deus!)

E assim começou a história da Fabricia.

“Tratei logo de procurar um médico, pois o nódulo estava crescendo rapidamente e minha mama estava ficando avermelhada, com a pele enrugada e o mamilo invertido. Durante a consulta a médica me falou: “pode ser um câncer, prepare-se!”. Fiquei assustada, afinal tinha apenas 31 anos.

Quando sai do consultório liguei para o meu marido e então, chorei muito.

Alguns dias depois peguei o resultado da biópsia e veio a confirmação: CARCINOMA DUCTAL INVASOR. A Mastologista ao pegar os exames (biópsia, ultrassom e ressonância), não hesitou e logo me encaminhou para a Oncologista, pois nesse momento não era recomendado uma cirurgia, devido à inflamação.

Com o passar dos dias fui ficando muito aflita e angustiada, mas encontrei consolo nos braços de Deus, da minha família e dos meus amigos. Em alguns momentos pensei que fosse morrer e que não suportaria o tratamento. Afinal, não é fácil saber que se tem uma doença que pode levar à nossa morte. Mass a fé em Jesus Cristo me deu forças para enfrentar a doença.

Poucos dias após receber o diagnóstico fui me consultar com a oncologista, ela me atendeu com tanto amor que me senti segura. Ela me explicou pacientemente como seria a quimioterapia e dos possíveis efeitos colaterais, confesso que me assustei com tantas informações e no momento que ela falou que meus cabelos cairiam não me controlei e chorei compulsivamente. Então, a médica segurou em minha mão e disse: “não se preocupe é passageiro, logo seus cabelos crescerão!”, depois dessas doces palavras me senti confortada.

Em maio de 2014 fiz o primeiro ciclo de quimioterapia. Foi muito difícil. Fiquei na cama prostrada, passei muito mal. Em 14 dias meus cabelos começaram a cair, então tomei a decisão de raspar a cabeça. Tentei usar peruca, mas não me adaptei. Senti-me melhor usando lenços. Os próximos ciclos foram um pouco melhores, mas tive a temida neutropenia febril e fiquei internada por 6 dias. Tomei doloridas injeções na barriga para estimular a imunidade e elas causaram muita dor no corpo.

Nessa fase de quimioterapia, que durou 6 meses, tinha dias que me sentia muito bem e disposta, mas noutros…. me sentia muito mal, sem forças para me levantar da cama. Mas graças a Deus, essa fase passou.

Em dezembro fiz a mastectomia com esvaziamento axilar, passei o Natal com o dreno (como ele incomoda!). A recuperação não foi tão ruim como esperava, mas tive dores e ainda não consigo levantar meu braço totalmente. Desde que fiz a cirurgia não usei mais os lenços, agora só saio de casa careca, ou melhor, com pouco cabelo, rsrs.

Agora falta a terceira etapa: radioterapia. Quando penso me dá um “frio na barriga”, mas lembro de tudo que já passei e sei que vou tirar de letra!!!

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