A Lurdes tem 50 anos e está passando, pela 2ª vez pelo câncer. À primeira vista pode não ser uma história que inspira. No entanto, hostorias como a da Lurdes, servem para nos lembrar de como a vida é frágil e de como podemos olhar sempre na perspectiva do copo que está meio cheio e não meio vazio.

Em 1997, com 33 anos, teve câncer colon-Retal. Teve que ser ostomizada (tiveram que fazer no corpo uma abertura.caminho alternativo de comunicação com o meio exterior, para a saída de fezes, que não o anus) e perdeu o bebé pois estava grávida de 5 meses. Como consequência da doença não pôde mais engravidar.

No ano passado, 17 anos depois, veio um câncer no útero, ovários, bexiga e vagina. “Enfim novamente  a dor  a revolta mas agora ainda mais forte porque já tinha passad pelo sofrimento anterior. O que me confortou foi O meu bom marido e a graça de Deus. Por vezes tinha até medo que ele me tocasse. Mas, desde o primeiro momento, que acreditei que tudo iria melhorar”. 

E, no final do ano, após a quimioterapia, fez a cirurgia e “retiraram tudo da doença”. 

“Fui perdendo os cabelos e, ao mesmo tempo, ganhando coragem para lutar mais e mais. A vida ia nascendo dentro de mim, conforme as más noticias chegavam. Tal como desejo para mim, desejo que todos se possam ver livres desta doença maldita e assim, ficarem curados para sempre”.

Por vezes, é no momento que o nosso corpo adoece que a nossa cabeça se cura e renasce. É nestes momentos que nos lembramos que corpo e mente são um só e que o nosso trabalho é mante-los conectados o tempo todo.

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Beijo no coração

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