Como já referimos AQUI, uma alteração nos alimentos que consumimos é a mais poderosa mudança de estilo de vida que podemos fazer para curar o nosso sistema imunológico. A comida é informação que comunica com o nosso corpo ao nível das células e diz o que estas devem fazer, tão bem ou melhor do que os remédios convencionais fazem. Todos temos uma bioquímica e genéticas diferentes.  Somos únicos! Por isso não respondemos da mesma forma aos mesmos alimentos. Sendo assim, cada um de nós, precisa de um plano nutricional adaptado.

Outra coisa importante também é a forma como escolhemos os alimentos. Muitas vezes olhamos apenas as calorias. E os alimentos são muito mais do que calorias. Por exemplo: 100 calorias de uma maçã não se comportam da mesma forma do que 100 calorias de uma bolacha recheada. A maçã tem nutrientes que fazem as nossas células “brilhar”. Ela tem muita quercitina que, além de outras funções, é super anti-inflamatoria e anti-alérgica. Por outro lado, a bolacha recheada é cheinha de açúcar e gorduras. Duas coisas que causam uma cadeia de inflamações e, se o açúcar for diário na nossa dieta, pode causar doenças graves. Então, entre uma maçã com propriedades anti-inflamatorias e uma bolacha recheada com açúcar pro-inflamatório, qual deve ser nossa escolha?

Devemos escolher os alimentos que ingerimos baseado na forma como estes afetam nossas células e não em calorias. 😉 Boa?

Devemos começar por encontrar os alimentos que estão provocando reações imunes e inflamações no nosso corpo e, removê-los. Há muitas pesquisas olhando para o glúten como um gatilho para doenças autoimunes (mesmo que não tenhamos a doença celíaca). Por isso, uma dieta sem glúten é fundamental para começarmos. Também devemos olhar para o milho e para a soja, que normalmente são geneticamente modificados e ter em especial atenção os produtos lácteos que são inflamatórios para a maioria das pessoas. Vamos então ver como começar. Diz a médica e autora que após 1 semana sem estes alimentos já começamos a sentir mais vitalidade, energia e bem-estar. Talvez nos primeiros 2/3 dias sintamos mais cansaço mas é tipo uma ressaca.

São 2 passos:

1. Remover da nossa alimentação, durante 3 semanas, para que possamos testar quais alimentos temos sensibilidade (intolerância). E depois reintroduzimos:
   • Açúcar branco (se possível continuar depois das 3 semanas e consumir ocasionalmente)
   • Farinha branca (se possível continuar depois das 3 semanas e consumir ocasionalmente. Quase não tem fibras, vitaminas nem minerais…)
   • Glúten (O nosso trato digestivo não o digere bem, principalmente porque o trigo é, cada vez mais, modificado e o nosso intestino não aguenta. Eliminar alimentos com trigo (inclui shoyo/molho de soja), cevada (inclui cerveja), centeio, kamut, espelta e algumas aveias (ver o rótulo). Alguma intolerância a esta proteína pode começar quando começamos a ter alguns destes sintomas: dores nas juntas e nos músculos, dores de cabeça, diarreia, gases, sensação de estufado, fadiga e dificuldade de concentração.) ESTE ASSUNTO ESTÁ MAIS DESENVOLVIDO NESTE POST ;).
   • Laticínios (Sensibilidade a este tipo de alimento são causados por proteínas como a caseína e o whey. Não a lactose, o açúcar do leite, que também pode causar intolerância. Eliminar produtos que vêm da vaca/boi, cabra ou ovelha, tais como iogurtes, queijo, leite, kefir e manteiga (pode a ghee). Intolerância a laticínios pode causar sintomas tais como: sinusite, gases, estufamento, aumento de peso, círculos pretos em volta dos olhos.
   • Milho (genéticamente modificado. Inclui pipoca)
   • Soja (para muita gente causa problemas digestivos e inflamações. mas como comemos tantas coisas que nos fazem mal, nem sabemos que pode ser a soja a principal causadora. Tem influencia no funcionamento da nossa tireoide e existe uma preocupação relacionada ao câncer de mama. Se no final das 3 semanas reparar que a soja não causa nenhum sintoma, pode voltara  comer mas apenas a orgânica)

Sugestões para substituir:

• o açúcar branco – por açúcar de coco, agáve, stevia, demerara.
• a farinha branca – por farinha de coco, de arroz, amaranto, etc.
• o Gluten – por arroz integral, vermelho, 7 grãos, negro, mourisco, grão de bico, polenta, quinoa, batata doce, mandioca, mandioquinha, aveia sem gluten, etc.
• os laticínios – por leite de arroz, de amêndoas, de cânhamo e de coco.
• o milho – por todos os outros vegetais. Cozidos no vapor ou salteados no óleo de coco. Azeite de oliva só cru, no prato.
• a soja – por lentilhas, grão de bico e todos os outros grãos.

2. Reintroduzir os alimentos, um de cada vez: Depois de três semanas em uma dieta de eliminação, é hora de reintroduzir todos os alimentos que removemos durante o programa. O propósito de fazer isso de forma muito lenta é descobrir se temos alguma sensibilidade a certos alimentos. Às vezes é difícil saber se nos sentimos melhor sem um determinado alimento. No entanto, ter em mente que a parte mais importante do experimento vem quando o reintroduzimos novamente. É uma oportunidade para realmente sentir os efeitos da comida no nosso corpo e ter o que chamamos de momento “Ah Ha!” Se seguimos as instruções e temos uma resposta física ou emocional a um determinado alimento, já sabemos que temos uma sensibilidade alimentar a este alimento.

1. Introduzir um alimento de cada vez. Comer este alimento várias vezes, ao longo de 2 dias. Observe no dia 3. Se não houver reação, adicione o alimento seguinte, no dia 4. 
   • Se você tem uma reação, como dor de cabeça, erupção cutânea, confusão mental, fadiga, reação digestiva ou outro sintoma, anote num caderno para não se esquecer mais tarde.
   • Se você descobrir um determinado alimento não é bom para você, retire-o novamente.
   • A reação de alimentos deve ir embora dentro de um dia ou dois.
2. Faça o mesmo com o próximo alimento. 

Quando terminarmos de reintroduzir todos os alimentos que foram retirados, eba! Voltamos à nossa vida, eliminando os alimentos que desencadearam uma reação quando os comemos novamente. Se a nossa reação é leve, podemos consumir o tal alimento em ocasiões especiais. Se a reação for pesada mesmo, deve eliminar 100%. Mas você decide, agora que conhece melhor o seu organismo e sabendo as reações que desencadeiam consumir o tal alimento. Às vezes compensa né?! rsrs.

Num próximo post vou dar mais dicas para após estas 3 semanas. Se escrevesse aqui ia ficar muitooo longo.

Aguarde o próximo passo: Entender a Influência do Stress.

Um beijo enorme e dêem noticias sobre estas 3 semaninhas.

Fonte: The Immune System Recovery Plan – Susan Blum, M.D., M.P.H with Michele Bender

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