Na minha primeira viagem à América, não conheci os Estados Unidos inteiros (pena) nem estive tempo suficiente para poder formar uma opinião global tanto sobre o país como sobre as pessoas. Posso apenas verbalizar a minha opinião sobre a minha experiência. As impressões com que fiquei e os meus desejos futuros em relação a este país de ambições supremas e que sempre está no centro do mundo. Fiquei impressionada com:

• o tamanho das estradas. Tanto de comprimento, que se destacam pelas retas a perder de vista, como de largura, sempre acima de 3 faixas;
• o quão civilizadas são as pessoas no trânsito e em como respeitam não só os limites de velocidade, como também se respeitam umas às outras;
• a qualidade do parque automóvel, é cada carro mais lindo e sofisticado;
• a quantidade de carros diferentes e engraçados (estes não são lindos);
• os semáforos em cruzamentos – ficam pendurados, balançando, e são vários, para que todos consigam ver à distância. De longe, parece até um pedágio (toll, como eles chamam);
• a organização de todos os espaços. Não só das cidades mas de todas as áreas por onde andamos. Tudo parece planejado. Em alguns lugares até parece de mentira e dá uma sensação de falsidade, de cidade cinematográfica;
• a simpatia das pessoas em qualquer lugar: desde os pontos mais turísticos até aqueles pontos mais locais. Uma simpatia fantástica, muito prestáveis e com uma vontade em ajudar realmente e em dar informações acuradas;
• a limpeza – tudo sempre sempre muito limpo. Não vimos um papel no chão, uma bituca (beata), nada! Em nenhum lugar. Tudo demasiado limpo e cheiroso;
• Não senti cheiro de poluição;
• O patriotismo – eu já achava os brasileiros super patriotas mas os americanos superam! Várias casas têm a bandeira do país na frente, falam da sua pátria como quem fala da mãe ou do pai, é um orgulho em ser americano fantástico;
• O valor que dão para os militares que estiveram ou estão na guerra. Em vários lugares existem monumentos ou cartazes em prol dos veteranos de guerra. E por vezes vêm-se alguns homens mutilados e com alguma peça de roupa militar;
• O clima – muito sol em Novembro (apesar de termos pego alguma chuvinha). Adorei o Outono deles;
• As paisagens são muito bonitas. Não são um Brasil, são diferentes, mas muito muito bonitas. Principalmente porque existe uma harmonia muito grande entre as construções e a natureza;
• O tamanho de tudo – os pratos de comida, as bebidas, o balde de pipoca, o cachorro quente, as bananas, as laranjas, as maçãs….tudo é tamanho GGG. Parece que tudo tem adubo! Sendo assim, a fruta e os legumes parecem de plástico. Dão pouco a sensação de serem saudáveis. Mas são bons!!!
• O preço dos suplementos alimentares que durante este ano acabaram com o meu bolso e que nos EUA têm ótimos preços (trouxe suprimentos para o ano inteiro);
• O preço dos hóteis – super acessíveis;
• Os preços das coisas são exibidos sem taxas e sem gorjetas. Desta forma a pessoa sabe quanto realmente paga pela coisa/alimento/serviço, quanto paga pela taxa e quanto escolhe pagar pelo serviço, fazendo realmente uma avaliação;
• O valor que dão ao cliente: “O cliente tem sempre razão”;
• Os idosos passeando, inclusive nos parques. Cadeirantes ou não, estão na rua, vivendo!

Fiquei menos agradada com:

• A quantidade de turismo para o consumo – as propagandas incentivam a isso, existem cupons em tudo quanto é lugar, descontos, oportunidades, etc. E realmente, grande parte das pessoas que vai para Orlando, vai para as compras. Eu tenho dificuldade em pensar em viagem para compras. Gosto de comprar coisinhas, claro, mas não viajo com esse intuito (no entanto, adorei as horas de compras com as amigas e de termos andado de patins dentro de uma grande loja de esporte);
• Os outdoors e publicidade são muito poluídas. É difícil ler tudo o que querem dizer num cartaz;
• Como é tudo muito perfeitinho, por vezes parece de mentira. Alguns lugares, como Orlando, por exemplo, parecem um pouco fictícios. Tenho a sensação que a qualquer momento vão dizer: “Corta!”;
• O gosto da água. Tanto a da torneira como a engarrafada. A única que gostei foi das ilhas Fiji. Trouxe até uma garrafa (vazia pois era linda)!

Cidade que poderia pensar em morar: Tampa ou em Melbourne, em casa do amigo Walter Pinto, que tão bem nos recebeu. Não fui a Miami nem às Keys nem às Everglades. Fica para uma próxima. Resolvemos aproveitar mais o centro da Florida. Conhecer realmente e não apenas ter um “cheirinho”. Não vai ser a próxima viagem aos Estados Unidos mas hei-de conhecer um dia. As cidades que sonho em conhecer e que espero que seja numa próxima viagem são: São Francisco, Chicago e Nova Iorque!!! Gostaria de passar 3 meses nos Estados Unidos, por estas 3 cidades (e arredores), absorvendo a cultura local e escrevendo sobre isso. É um sonho, espero poder realiza-lo e compartilhar com vocês. Agora é aguardar a próxima oportunidade de viajar. A minha atividade favorita e o melhor investimento que podemos fazer. Faz bem para o corpo, para a alma, para a nossa cabeça e para o nosso conhecimento. Pronto, não falo mais da Flórida, vamos voltar à realidade. Bye Bye!!!

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