Vamos continuar a falar do resumo do livro “The Immune System Recovery Plan”, em que pretendemos recuperar e tratar do nosso sistema imunológico, e que começamos a tratar há 1 mês atrás.

Há cerca de 3 semanas iniciamos a 1a de 4 etapas: Alimentos como remédios. Agora que já testamos no nosso organismo quais alimentos nos fazem mal (cada pessoa tem um organismo diferente), passamos à etapa 2: Entender a Influência do estresse. Uma boa leitura para esta semana…a poucos dias do final do ano. A época em que mais refletimos e quando decidimos como e quem queremos SER no ano que vem! 

“Estou estressada/o!” Quem não usou esta afirmação esta semana levante o braço!

O estresse é muito mais do que uma emoção. Ele cria uma série de eventos psicológicos dentro do nosso corpo. E, dependendo da intensidade e da duração estes eventos, pode afetar, e muito a nossa saúde. Para entendermos esta ligação entre o estresse e a saúde, precisamos começar por esclarecer algumas noções básicas do estresse:

• O estresse descreve uma experiência causada por uma coisa chamada de estressor. Os estressores podem ser emocionais ou físicos. 
• Eventos pontuais de grande estresse incluem: morte de uma pessoa querida, divórcio ou separação, estar sujeito  abuso ou trauma fisico ou emocional.
• Eventos de estresse menos óbvios incluem: não dormir o suficiente, pular refeições, trabalhar muitas horas seguidas, exercício em excesso, tomar conta dos outros menos de si próprio.
• Até eventos positivos podem ser estressores, tais como: casar, começar o emprego dos sonhos, mudar de cidade,…

Algumas pessoas possuem um alto nível de auto-conhecimento e sabem quando estão estressadas e que efeitos isso provoca, fisicamente, no seu corpo (ex.: dor de estômago, dor de cabeça, intestino preso/diarreia ou taquicardia) e psicologicamente (ex.: irritabilidade, fadiga ou ânsia quando ingere comida doce ou salgada), de imediato. No entanto, muita gente não tem noção da origem dessas reações físicas e emocionais. Na verdade, muita gente está tão acostumada a viver sob estresse que nem sequer se apercebe. Seja como for, precisamos estar cientes de que todos os estressores causam uma cascata de eventos dentro do nosso corpo, uma resposta ao estresse.

Antes de continuar vale lembrar que não dá para viver numa bolha ou banir o estresse para sempre (nem se for viver para o campo e plantar batatas). Todos nos sentimos estressados de vez em quando. O que nós podemos/devemos fazer é controlar a nossa reação ao estresse. Como o deixamos “entrar” no nosso corpo e como ele afetará o nosso sistema nervoso e os nossos hormônios. Desta forma, conseguimos proteger o nosso sistema imunológico de doenças (ex.: câncer, doenças auto-imunes, alergias, depressão, etc).

Como o nosso corpo reage ao estresse (bem resumidamente):

1. Resposta do sistema nervoso central (que vai afetando vários órgãos, como o cérebro, estômago, intestinos, coração, suprarrenal e sistema linfático)
2. Ativação dos hormônios (duas glândula no nosso cérebro (Pituitária e hipotálamo) liberam hormônios (ACTH e CRH) que afetam todo o sistema endócrino, incluindo tireoide, suprarrenal, ovários e testículos e faz com que a suprarrenal libere mais cortisol, principal hormônio do estresse. O cortisol elevado aumenta o nível de açúcar no sangue para que tenhamos a reação do “lutar ou fugir”. É também o principal hormônio anti-inflamatório no nosso corpo, suprimindo as nossas células imunológicas e preparam o nosso corpo para potenciais machucados (o que é bom mas não a toda a hora). Quando a suprarrenal passa muito tempo segregando o cortisol, ela pode ficar fadigada e deixar de produzir as quantidades suficientes de cortisol e adrenalina, quando realmente precisamos.)

Quando o corpo não consegue responder bem ao estresse, o corpo deixa de conseguir controlar o sistema imunológico e a glândula suprarrenal.

A suprarrenal e o sistema nervoso ficam felizes quando:

• dormimos 7/8h por noite;
• temos uma alimentação balanceada com uma quantidade adequada de proteínas e vegetais;
• consumimos o mínimo possível de açúcar branco e farinha branca (Ver a parte I – Alimentos como remédios);
• praticamos alguma forma de relaxamento diário. Quando trabalhamos a conexão do corpo e da mente. Por exemplo, através da Meditação – com ela podemos até controlar a nossa pressão sanguínea, frequência cardíaca, temperatura corporal e ainda o sistema imunológico. Além de ganharmos consciência corporal e espiritual, ainda aprendemos a controlar o nosso organismo. Aprendemos técnicas para entendermos as mudanças que precisamos fazer nas nossas vidas que nos permitem ser mais felizes, menos zangados e menos frustrados.;
• praticamos atividades físicas moderadas;
• estamos pouco expostos a toxinas (este assunto vai estar mais desenvolvido na Parte IV – cuidar do fígado).

Outras dicas e sugestões:

• Comece um diário – escreva seus pensamentos e ideias;
• faça uma lista dos maiores estressores na sua vida – escolha o que mais tem impacto na sua vida, nos seus niveis de estresse e na sua saúde e escreva TUDO sobre isso e como este estressor faz você se sentir. Em seguida faça uma lista de todas as opções que tem para reverter este estressor;
• Encontre formas simples de relaxar no meio do seu dia;
• Encontre tempo para você e para sua vida social;
• tenha um hobbie;
• Encontre um momento em que possa ficar “off” totalmente para que o seu corpo e sua mente possam relaxar;
• Pense nos momentos positivos do seu dia;
• Não passe mais do que 4h de estomago vazio;
• tenha refeições mais leves à noite;
• faça leves caminhadas diárias;
• Consuma alimentos ricos em proteína, vitaminas B5 e B6; vegetais e gordura saudável (manteiga clarificada – ghee; óleo de coco; azeite extra virgem, abacate, peixe, nuts e sementes);
• Talvez seja necessário contratar um Terapeuta, um Coach ou outro profissional para que o/a ajude a reajustar as mudanças na sua vida.

Vamos cuidar bem do nosso património – nosso corpo? Além da alimentação precisamos cuidar da nossa cabeça. Corpo-Mente-Espirito. Somos um todo, complexo, “cheio de pegadinhas” e de cuidados mas somos maravilhosos. Só não nos valorizamos. Tendemos a passar a responsabilidade para os outros e para as nossas atividades e esquecemo-nos que se nós não estamos bem, não conseguimos deixar os que mais amamos da melhor forma!

Próxima etapa: Curar o aparelho digestivo (estomago e intestinos)

Um beijo enorme no coração.

 

Fonte: The Immune System Recovery Plan – Susan Blum, M.D., M.P.H with Michele Bender

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