Minhas Dicas Nova York
Nesta viagem a Nova York, aprendi que, por vezes, ter expectativas elevadíssimas não é sinónimo de frustração garantida. Em certos casos, raros, é possível superar a bem dita e ter uma experiência incrível.
Neste post vou dar algumas dicas, baseadas na minha experiência. Se você for um pouquinho parecida/o comigo, não tem como não tirar o melhor proveito desta cidade INCRÍVEL!
Um lugar para ficar (turista) – Midtown, ali perto da Times Square. É central e dali parte todos os dias para os seus passeios. Eu fiquei na 48ª, no Best Western Plus President. Ah! e sem café da manhã (não vale o preço extra e fora podemos variar).
Melhor transporte – os pés! Grande parte da experiência incrível de NYC é nas caminhadas por entre os prédios que arranham os céus e nos fazem ter torcicolos, de tanto olhar para cima. A minha vontade era subir a todos para ver as vistas. E nos prédios menores, tinha vontade de subir pelas escadas de incêndio que tanto caracterizam a cidade. Vi-me em tantos filmes….ai ai! A arquitetura é mesmo espetacular!
Um restaurante – Nobu. Aqui tive a experiência gastronômica mais espetacular da minha vida. Ainda hoje, o meu estomago me pede um encore/reprise. Um restaurante que mistura a cozinha asiática com as experiências que o Chef Nobu adquiriu nas suas viagens por Tokyo, Peru, Argentina e muitos outros lugares. Um dos sócios é o Robert De Niro. No entanto, não nos cruzamos com ele. Pena. Não é muito barato mas vale a pena.
Um lugar para café da manhã – Le Pain Quotidien. Uma padaria orgânica e sustentável, de origem Belga. Pioneira na onde de restaurantes orgânicos na cidade. Com um bom gosto na decoração e uma criatividade na confecção dos pratos que deixa qualquer um com água na boca. Uma opção mais econômica é o Roast Chicken. Você monta sua taça de iogurte com frutas e oleoginosas. É top! O Pret-a-Manger também tem preços mais acessíveis e tudo orgânico.
Um parque – O Central Park, claro. Passear de bike e também passear a pé pelos caminhos em que a bike não passa. Parece que estamos no campo. E tem lugares tão incríveis como: a Alice no País das Maravilhas, o huskie Balto, a Gapstow bridge (onde os meninos pedem em casamento as meninas. Se elas dizem não, jogam-nas ao lago), o Castelo Belvedere, o Bethesda Terrace onde se passaram (e passam) milhares de filmes, o Sheep Meadow onde as mulheres ficam de biquíni “lagarteando” ao sol, o memorial ao John Lennon (Strawberry Fields), etc etc. etc. Leve uma canga na bolsa e descanse num dos gramadões do parque. Faça até um pic-nic! Para além do CP, existem outros parques incríveis como Washington Square e Bryant Park. Adorei! Ah! e amei o Highline! Adoro “verdes” no meio da “selva de pedra”.
Um museu – o que mais gostei foi o Metropolitan Museum (MET) pois tornei realidade a imagem de várias obras que apenas tinha na imaginação. Mas adorei todos os outros também. A dica: no verão, aos sábados, o ME fica aberto até as 21h e tem um “rooftop” onde se pode assistir ao por do sol e tomar um champanhe. Um museu que impressiona e muito é o memorial do 11 de Setembro. Abriu recentemente e não poupa a detalhes.
Um lugar para morar – Greenwich Village/West Village. Super eclético, descontraído. Frequentado por artistas, profissionais liberais e pelos mais curiosos! Tem jeito de bairro mas é no centro da “capital do mundo”. Senti-me em casa!
No Domingo (ou sábado) – pegar o trem/metro até Williamsbourg. Um “bairro no bairro” Brooklyn que é encantador. Ao sábado e domingo as ruas (principalmente a rua Bedford) enchem-se de bancas de venda de coisas usadas e alternativas. O bairro é cheio de pessoas diferentes, artistas inusitados e hipsters. E pode, inclusive, visitar a fábrica de cerveja (Brooklyn Brewery). Gostei muito do Flea Market, o “mercado das pulgas” que acontece todo o Domingo.
Uma ponte para fazer a pé– a Brooklyn Bridge, óbvio!!! Passei todas as pontes mas a Brooklyn Bridge tem o seu próprio encanto! Foi a primeira ponte suspensa de aço do mundo e foi inaugurada no final do século XIX. O senhor que a desenhou nem chegou a vê-la pronta. Morreu por que era bobo! Machucou-se numa perna e em vez de procurar um médico, preferiu tratar-se com homeopatia. Resultado, uma ferida simples, resultou numa morte, 3 semanas depois. Para além disso é linda, diferente e oferece uma vista estonteante de Manhattan. São 2km de sensações boas, por onde já passaram 21 elefantes para provar que a ponte era estável.
Uma época do ano para ir – Junho. Adorei ter ido no verão. Pouca roupa deixa-nos mais leves para os km de caminhadas diárias. E até dá para pegar uma corzinha saudável.
Para a caminhada – usar um bom par de ténis. De preferencia meio numero acima pois os pés podem inchar. Roupa confortável e leve. Uma bolsa a tiracolo, leve, ou uma mochila. Uma garrafa de água que vai enchendo a cada parada (os próprios restaurantes enchem se pedir). Carregar uma barra de cereal e uma fruta. Andar sempre com um casaquinho pois os lugares fechados estão sempre gelados, por causa do ar condicionado.
Gorjetas – tem que dar sempre e variam entre 18% e 25%. Você escolhe. E paga com prazer pois o atendimento é sempre maravilhoso.
Água – não precisa gastar fortunas com água mineral. A água da torneira é boa, potável e é a que os nova-iorquinos tomam. Inclusive, nos restaurantes é o que servem assim que você senta na mesa.
Voltagem das tomadas – 110v
Compras – se pretende comprar alguma coisa e já tem uma lista, sugiro que compre pela Amazon ou noutro site, antes mesmo de ir e mande entregar no hotel. É bem mais barato do que em Manhattan, in loco. E assim também não tem que perder tempo procurando o que precisa. Aproveite para passear e compre somente os extras.
Um Bus – Fazer um dia de “Hop on Hop Off” vale super a pena. Nós fizemos mais no final porque o que mais queríamos era conhecer TUDO a pé. De norte a sul, leste a este. Movimentarmo-nos como se morássemos na ilha. Este passeio de bus consolida o que já se conheceu e ainda se aprende mais alguma coisinha com o guia que vai explicando o que estamos vendo. E assim também podemos ir até aos bairros que não exploramos tão bem (no nosso caso, o Harlem). Vale a pena também o tour noturno. A cidade é tão linda de dia como de noite.
Um show – tem que ir num show da Broadway, pelo menos! Só tenho uma palavra e uma expressão facial. Uau! E boca aberta!
Uma loja para ser criança sempre – FAO Swarz. Quem não conhece esta loja do “Esqueceram de mim”/”Sozinho em casa” e também do piano gigante do “BIG”?!
Uma loja para se sonhar – loja de sapatos Louboutin. Oh my! Cada mulher sente-se uma Carrie Bradshaw (“Sex and the City”) lá dentro. Até enfrenta uma fila de espera (5minutos) para poder entrar.
Uma vista incrível – a minha de eleição é do “Top of the Rock”, no Rockefeller Center. Deu-me vontade de chorar quando cheguei lá em cima e vi Manhattan a meus pés! A segunda vista que mais gostei foi a partir do Brooklyn Bridge Park, embaixo da Brooklyn Bridge. Também gostei da do Ferry (gratuito) que vai para Staten Island.
Um happy hour num terraço (rooftop) – adorei o rooftop do hotel The Strand. A vista privilegiada é do Empire State Building. Ver a noite cair com esta vista é….Não tenho palavras.
O melhor hambúrguer do mundo – J.G Melon. Tem 50 anos e só aceita dinheiro. Está no bairro mais chique de Manhattan, o Upper East Side, mas é super descolado e é tranquilo. Está sempre lotado e é frequentado por famosos. E o melhor…não tem turistas! É frequentado por locais mesmo! Quem assistiu o filme Kramer Vs Kramer já conhece este local pela “telinha”. 😉
Um supermercado orgânico e saudável – Whoole foods. Uma perdição de gostosuras saudáveis! Um pouco caras mas espetaculares. Diferentes!
Uma tentação a ceder – em cada esquina existe uma chocolataria da Godiva ou da Lindt! E na frente do meu hotel ficava a Hersheys e a M&Ms….Ahhhh, socorro!
Guias e aplicativos práticos – levar um mapa em mãos e ler o Lonely Planet. Consultar o site da revista Time Out, durante 2 semanas antes da viagem e nas semanas da viagem. Baixar o aplicativo Yelp, Zatar, o do Central park e o Today Tix (para ingressos mais baratos para os shows da Broadway) no celular. Prepare bem sua viagem à “Big Apple”e assim aproveita bem casa segundinho.
Pronto estas são algumas dicas selecionadas. Se for escrever as dicas bairro a bairro ou por assuntos como, museus, parques, restaurantes, bares, doces, etc., vocês já não precisariam ir em Nova York e eu não faria mais nada se não escrever sobre a cidade 😉
Bye Bye e bom passeio ;).
Nota – a maior parte das fotos foram tiradas pelo maridão Rodrigo Roveri. 😉